
Assim, ao invés desta matéria se transformar em um lixo inútil, ela é recolhida, selecionada e processada, até se metamorfosear em um ingrediente útil na produção de outros materiais. Não se trata, aqui, de uma reutilização, mas sim de um novo emprego das substâncias deterioradas.
Resta diferenciar reciclagem e reaproveitamento. Um exemplo clássico é o do papel, que perde seu potencial a cada vez que se tenta reciclá-lo, portanto ele tem um prazo de duração, por conta da fatal redução de comprimento das fibras de celulose. O conhecido papel reciclado não é, de forma alguma, semelhante ao que recebeu os benefícios iniciais.
Esta substância apresenta coloração e gramagem distintas; ela é simplesmente convertida em uma massa que, no fim de todo o processo de reciclagem, apresenta o aspecto de uma matéria que traz em si qualidades modificadas. O vidro também, embora possa ser liquefeito, jamais portará as mesmas virtudes do material inicial, pelo menos no que diz respeito à coloração e à rijeza.
No Brasil os receptores de substâncias recicláveis apresentam um modelo fixo, portador de cores distintas para cada material a ser reaproveitado. Os azuis são utilizados para receber papel ou papelão; os vermelhos são reservados aos plásticos; os verdes são destinados aos vidros; nos amarelos são depositados os metais; os pretos acolhem a madeira; os laranjas recolhem detritos perigosos; os brancos recepcionam materiais provenientes de ambulatórios e outros setores da saúde; os roxos são próprios para resíduos radioativos; os marrons selecionam restos orgânicos; e os cinzas são feitos especialmente para aquilo que não pode ser reciclado, mesclado ou para substâncias contaminadas,